Guia valoriza restaurantes localizados em regiões fora do circuito gastronômico tradicional

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Guia valoriza restaurantes localizados em regiões fora do circuito gastronômico tradicional

Com o apoio da Fundação Cargill, iniciativa une formação de jovens em jornalismo gastronômico e produção de material impresso e online

Alimentar-se é uma necessidade biológica do ser humano, mas para além da biologia, alimentar-se é também um ato político, social, econômico e cultural, portanto essas influências externas ao indivíduo também contribuem em seus hábitos alimentares. De acordo com o Brasil Food Trends 2020, projeto que visa identificar as tendências da relação do brasileiro com a alimentação, o crescimento da população em áreas urbanas vem acompanhado de demandas específicas. Uma delas é a conveniência e praticidade em suas refeições, necessidade que, de acordo com o projeto, indica a busca de refeições rápidas e acessíveis fora dos lares.

Confirmando essa tendência, números da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) indicam que o mercado de Food Service (alimentação fora do lar) vem crescendo anualmente e tem ficado em vantagem quando comparado ao crescimento do varejo alimentício: em 2017 o Food Service teve um crescimento de 6,8% e o varejo alimentício 4,8% em comparação com o ano anterior; e em 2018 4,8% e 4,1%, respectivamente.

PROJETO OFERECE OPÇÕES DE ALIMENTAÇÃO ACESSÍVEL FORA DO LAR

Em paralelo à este contexto, surgiu o Prato Firmeza, Guia de Gastronomia das Quebradas de SP, selecionado pela Fundação Cargill, via edital anual, para receber apoio técnico e financeiro na produção do 3ª edição da publicação. O guia tem o objetivo de mapear empreendimentos gastronômicos em bairros considerados distantes, sob a perspectiva do centro, localizados nas zonas norte, sul, leste e oeste da cidade de São Paulo. A iniciativa foi idealizada pela Associação Escola de Jornalismo em 2013, e une a formação em jornalismo gastronômico de jovens dessas regiões e a produção desse material em formato online e impresso. A parceria entre a Fundação Cargill e a Associação Escola de Jornalismo teve início em Janeiro de 2019 e terá duração de 12 meses.

Saiba mais sobre o início do projeto!

No primeiro semestre de 2019, os jovens selecionados pela Associação Escola de Jornalismo, participaram da formação em jornalismo gastronômico. Em seguida, o foco foi a produção do 3º volume do guia que será lançado em outubro e que focou no tema: lugares para comer e dar rolê com famílias diversas nas periferias de SP e região metropolitana.

De acordo com Amanda Rahra, cofundadora e mentora da Associação Escola de Jornalismo, a 3ª edição do projeto trouxe alguns aprendizados e desafios. “Entendemos a força da formação, de trazer pessoas do mercado para falar sobre jornalismo gastronômico e a importância dos jovens participarem de todo o processo, da pauta à distribuição (…) Nesse sentido, foi emergindo da própria turma, o desejo de trabalhar com lugares para comer e para fazer um rolê que fosse confortável e prazeroso para famílias diversas, como mãe e filha, casais LGBTI+, entre outras. Assim, o desafio para os jovens da turma foi mapear esses novos públicos e locais nas proximidades de suas residências.”

PRÓXIMOS PASSOS

Para o 2º semestre de 2019, além do lançamento do 3ª volume do guia, também será feita a distribuição da publicação impressa. Além disso, os jovens participantes passarão por um processo de formação em produção cultural, com professores do mercado, para que possam desenvolver um evento sobre comida e quebrada. Também está na agenda da organização pensar em formatos menores de disseminação do guia, com organização de eventos pelas “quebradas” de São Paulo.

RECONHECIMENTO DENTRO E FORA DO PROJETO

O projeto já foi reconhecido por diversas instituições renomadas. Virou um case de sucesso no Artemísia Lab, foi finalista no Prêmio Jabuti e teve ampla divulgação da imprensa com as duas primeiras edições.

Os empreendimentos e jovens participantes também apresentam uma receptividade positiva, como destaca Amanda Rahra. “Os retornos são sempre muito positivos, primeiro porque o guia é feito por jovens que passam a reconhecer lugares interessantes, bons, bonitos e baratos para comer em seus bairros. E também para os empreendedores gastronômicos, que tem seu estabelecimento reconhecido em um guia distribuído em outros pontos na cidade e também no seu próprio território.”

Amanda ainda ressalta a importância do projeto para o empoderamento econômico e social de regiões que, geralmente, são estigmatizadas por estarem localizadas distantes do centro. “A gente acredita na importância de termos olhares diversos (jovens, periféricos) na produção do jornalismo, para que o mesmo se aproxime mais da realidade da maioria das pessoas. Além disso, valorizar pautas locais, contribui para que as pessoas daquele território possam escolher melhor o que fazer, onde ir, o que comer, como e por que. Valorizar a cultura gastronômica local também é uma maneira de investir e gerar renda no território e contribuir para os negócios locais, mostrando que a comunicação é uma ferramenta importante para que os negócios se desenvolvam e para que as pessoas tomem suas próprias decisões.”

Confira relatos dos participantes:

 

 

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