Guabiroba: conheça o cultivo, benefícios e formas de uso

Notícias

Guabiroba: conheça o cultivo, benefícios e formas de uso

Um fruto nativo que serve de alimento para diversas espécies de animais, mas vem sendo cada vez mais incluída na dieta do nosso dia a dia

A guabiroba ou gabiroba, como é conhecida em algumas regiões, é uma espécie nativa do Brasil, presente nos Biomas Cerrado e Mata Atlântica.

Seu nome tem origem tupi e significa “árvore da casca amarga”. De fato, o tronco da gabirobeira (nome científico: Campomanesia xanthocarpa) é repleto de lascas que se desprendem de sua casca, formando um bonito aspecto natural.

Além disso, entre os meses de setembro e novembro, a árvore possui uma floração abundante e por isso é bastante usada como árvore ornamental.

A Guabiroba

A fruta guabiroba é saborosa, adocicada e pode ser consumida in natura ou utilizada no preparo de sobremesas.

É um fruto rico em vitaminas C e do complexo B, além de sais minerais, niacina, carboidrato e proteínas.

A guabiroba possui também propriedades terapêuticas com ações adstringente, antidiarreica, antigripal, anti-inflamatória e por isso ela é utilizada para cura pela medicina popular em várias regiões brasileiras.

Beneficios da Guabiroba

  • O consumo regular do fruto ajuda na prevenção da gripe, no tratamento de disfunções intestinais, como diarreia ou disenteria, e no alívio de cãibras;
  • A infusão das folhas de guabiroba em banhos de imersão têm efeito semelhante ao relaxante muscular: alivia as dores no corpo;1014
  • Os frutos da Guabiroba podem servir de alimento para um extenso número de peixes, pássaros, mamíferos de pequeno porte e répteis;
  • A madeira da guabirobeira é dura, pesada e resistente, apresentando uma ótima durabilidade natural. Por este motivo, o material é utilizado em diversos produtos da indústria, como, na confecção de instrumentos musicais, cabos de ferramentas e para tabuado de pisos, em geral;
  • A árvore da guabiroba auxilia no reflorestamento de áreas degradadas, sobretudo, na Mata Atlântica;
  • A casca da árvore da Guabiroba, se fervida em água por 10 a 15 minutos, resulta em um chá que auxilia no tratamento de doenças do trato urinário, como cistite e uretrite.

 

Atenção:

As plantas medicinais não devem substituir o acompanhamento médico e em altas doses podem se tornar prejudiciais à saúde.

 

Como é feito o cultivo da Guabiroba?

A planta não é muito exigente com cuidados: não necessita de poda para frutificar e seu crescimento é de médio a rápido.

A guabirobeira pode atingir até 20 metros de altura e é muito resistente à poluição. A árvore é abundante em áreas úmidas das matas, mas também apresenta boa resistência aos climas frios.

A guabiroba frutifica anualmente entre os meses de novembro e dezembro.

Apesar da produção de um número abundante de sementes, uma vez extraídas do fruto, elas perdem a capacidade de germinação muito rápido, por isso, é indicado o plantio o quanto antes.

Se o semeio não for feito logo após a extração, as sementes irão secar, desidratando e perdendo suas capacidades de germinação.

Para  extrair as sementes, é preciso colher frutas saudáveis e maduras, e em seguida, amassar os frutos, lavando-os em água corrente para a remoção de sua polpa e separação das sementes.

Modos de preparo da Guabiroba

Além de ser consumido em sua forma natural, o fruto é muito utilizado em diversas regiões do país para o preparo de doces, bolos, geleias, sucos, licores, mousse, pudins e sorvetes.

Em julho de 2019, o Ministério do Meio Ambiente publicou o livro “Biodiversidade Brasileira: sabores e aromas”, que reúne receitas regionais utilizando espécies nativas.

Destacamos do livro, uma receita de um bolo de guabiroba, baru e banana, bastante nutritiva e saborosa.

 

Bolo do Planalto Central

Rendimento: 15 porções

Ingredientes:

  • ⅔ xícara de chá de manteiga, sem sal
  • 1 xícara de chá de açúcar refinado
  • 2 ovos
  • 2 bananas prata, maduras e amassadas
  • ¾ xícara de chá de Baru, castanha, torrada, sem pele e picada
  • 1 xícara de chá de gabiroba, com semente, processada
  • 1⅔ xícara de chá de farinha de trigo
  • ½ xícara de chá de leite
  • 1 colher de sopa de fermento

Modo de preparo

1. Bater a manteiga com o açúcar até obter um creme claro e homogêneo.

2. Adicionar os ovos, um a um. Misturar.

3. Incorporar à mistura a banana, a gabiroba e o baru.

4. Acrescentar a farinha alternando com o leite. Colocar o fermento e misturar, delicadamente.

5. Assar em forno pré-aquecido (180oC), por 35 minutos.

Sugestão: Usar margarina e água para uma versão sem lactose.

Veja mais

Nutrindo Soluções Locais – 5ª Edição
Nutrindo Soluções Locais - 5ª Edição
Fundação Cargill lança Programa Raízes da Transformação
Fundação Cargill lança Programa Raízes da Transformação
Chamada Semeia Fundação Cargill 2025
Chamada Semeia Fundação Cargill 2025
Fundação Cargill anuncia as iniciativas selecionados para a 4ª edição do Nutrindo Soluções Locais
Fundação Cargill anuncia as iniciativas selecionados para a 4ª edição do Nutrind...