O perigo pode estar na internet

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O perigo pode estar na internet

Alimentos saudáveis, exercícios específicos para o corpo perfeito e dietas restritivas: a internet potencializou a geração saúde. E em tempos de celebridades digitais, aplicativos e redes sociais é comum encontrarmos informações sobre nutrição e saúde bem ao nosso alcance. Mas, o que pouca gente se atenta é para o perigo que essas dicas aparentemente inofensivas escondem.

“A maioria dessas informações veiculadas não tem respaldo científico algum. Cada indivíduo responde de maneira diferente a um tratamento alimentar e o que pode ser bom para um não necessariamente será para o outro. Só um nutricionista está capacitado para prescrições dietoterápicas”, defende a nutricionista Leopoldina Augusta Souza Sequeira de Andrade, docente na Universidade Federal de Pernambuco e vice-presidente do Conselho Regional de Nutricionistas de Alagoas, Ceará, Pernambuco, Rio Grande no Norte, Paraíba e Piauí (CRN-6).

Na mesma linha, Paola Altheia, nutricionista pela Universidade Federal do Paraná e autora do blog Não sou Exposição, alerta para a dicotomia do permitido e não permitido: “O que vai definir se um alimento faz bem ou mal é a quantidade e a frequência do consumo. O excesso de informações está deixando as pessoas desnorteadas”.

Mais presentes nas redes sociais, os adolescentes, principalmente as meninas, surgem como grande preocupação por estarem em uma fase onde aprovação social e desenvolvimento da autoestima. “Nessa etapa do desenvolvimento humano os transtornos alimentares afetam gravemente o organismo, podendo causar sérios distúrbios alimentares, às vezes, irreversíveis”, esclarece Leopoldina. “Pessoas que sofrem com esses transtornos usam o alimento como forma de adquirir um sentimento de controle que pode ser expresso na restrição exagerada (que pode ocasionar anorexia) ou na compulsão (que pode ocasionar obesidade)”.

Ética e responsabilidade na internet

Atentos a esse debate, o CRN-6 lançou neste ano a publicação Conduta Ética do Nutricionista. O material contém importantes orientações para o profissional que deseja estar presente nas redes sociais. Leopoldina explica que alguns pontos merecem atenção especial dos nutricionistas – não veicular sua atividade profissional a marcas, produtos, ou empresas é um deles, assim como avaliações e prescrições por e-mail.

Seguir dietas sem orientação de um nutricionista pode ocasionar deficiências nutricionais, lesões físicas, transtornos alimentares e uma conturbada relação o próprio corpo e a comida. “Os determinantes da saúde humana são multifatoriais e evolvem questões emocionais, psicológicas, econômicas e até regionais. Não há razão para ‘seguir’ pessoas não credenciadas e capacitadas”, finaliza Paola.

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