Fungos e bactérias no solo podem auxiliar no crescimento de hortas e pomares?

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Fungos e bactérias no solo podem auxiliar no crescimento de hortas e pomares?

Com o apoio da Fundação Cargill, a Obra Social Célio Lemos está promovendo uma pesquisa científica na área verde do entorno da sua creche para responder esta pergunta

Fundada em 1970, a Obra Social Célio Lemos é uma instituição que atende mais de 300 crianças por mês com educação, instrução e alimentação no seu espaço em São José dos Campos, interior de São Paulo.

A Obra Social Célio Lemos se preocupa com o meio ambiente e por isso adota algumas medidas sustentáveis na sua rotina, como: cultivar a própria horta orgânica, promover a separação do lixo, coletar a água da chuva e praticar o processo de compostagem.

No terreno da Instituição existe uma área verde com horta, plantas e pomar que ajudam a abastecer a cozinha da escola. Este pequeno canteiro além de contribuir com o custeio de parte da alimentação na creche, também auxilia no aprendizado das crianças e no contato com a natureza.

Esta área possui uma agricultura de sistema agroflorestal.

Mas o que significa sistema agroflorestal?

É um sistema de produção inspirado na dinâmica da natureza, onde florestas perenes (plantas de ciclo de vida longo) convivem com espécies cultivadas, como árvores frutíferas, ervas e raízes. 

Um sistema agroflorestal pode ter também a criação de animais convivendo com os diversos tipos de plantas, promovendo benefícios ecológicos. No caso da área da instituição, não há animais por questões de segurança e saúde das crianças que frequentam o espaço.

Pensando em otimizar o aproveitamento da área verde, a Instituição decidiu fazer uma pesquisa científica. Para isso, contou com a parceria da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e da Fundação Cargill, por meio do 6º. Edital.

Qual é a ideia central do projeto?

A Obra Social Célio Lemos quer comprovar o quanto a utilização de micro-organismos, como fungos e bactérias, no solo da área verde promove um crescimento mais rápido das plantas. 

Como isso funciona?

O processo de compostagem praticado pela instituição gera adubo para as plantas e o chorume, que é o líquido escuro gerado pela decomposição da matéria orgânica. 

Parte do chorume foi enviado para a UNIFESP que separou e cultivou em laboratório os micro-organismos, entregando-os para a Instituição.  

“Uma colheita nutritiva e abundante depende do trabalho conjunto da diversidade dos micro-organismos presentes no solo”, ressalta Marilda Zampronio, segunda secretária da Obra Social Célio Lemos.

Passando a temporada de chuvas do início de 2021, os testes serão iniciados no local. Para efeito de comparação, o canteiro da Instituição será dividido em duas partes, sendo que uma delas receberá os micro-organismos no solo e outra, não.

Após a fase de testes, a Instituição pretende disseminar os resultados e a técnica para outros produtores agroflorestais. 

Toda a produção da horta e do pomar irá suprir o consumo interno da creche da organização e o excedente será vendido para as comunidades do entorno.

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