Existem diversos tipos de óleo de cozinha no mercado. Saiba os benefícios da utilização de cada um deles
Os óleos são ingredientes imprescindíveis na culinária tradicional. Estão presentes não apenas nas frituras mas também em refogados e no preparo de temperos para saladas.
São gorduras de origem vegetal ou animal, conservadas geralmente em estado líquido e temperatura ambiente.
Existem diversos tipos de óleo de cozinha e cada um deles tem características e indicações próprias.
Vamos entender a diferença entre cada um deles.
Origem vegetal
Os óleos vegetais – que são os mais usados no preparo dos alimentos – são extraídos de frutas, flores e, principalmente, sementes.
Eles são fontes de gordura poli e monoinsaturadas que, em equilíbrio, podem contribuir para a saúde do nosso corpo, favorecendo a circulação e minimizando processos inflamatórios.
Conheça os principais óleos que são extraído das plantas:
Óleo de algodão
O óleo de algodão é extraído da semente e possui propriedades particulares que o fazem ser o mais escolhido entre os restaurantes. Devido a sua composição nutricional, alia a presença da gordura insaturada ômega 6 com ótimo desempenho em frituras e preparo de pratos em geral. Óleos de algodão de qualidade possuem cor clara, odor e sabor neutro que não interferem no sabor dos alimentos e contribuem para uma fritura de qualidade se utilizadas as boas práticas de manuseio. Além disso, possui naturalmente vitamina E.
Óleo de Soja
Ele é feito a partir do grão da soja e é fonte de vitamina E, essencial para o bom funcionamento do organismo por sua ação antioxidante e propriedades anti-inflamatórias. É um dos óleos mais utilizados na cozinha pelos brasileiros.
Por seu ponto de fumaça ser mais elevado, ele é recomendado para uso em frituras e cozimentos.
Óleo de Canola
Produzido a partir da semente da flor de canola, este óleo é rico em ômega 3 e ômega 9, importantes para o sistema cardiovascular e para a produção de hormônios femininos ou masculinos no nosso organismo.
É um dos tipos de óleo de cozinha indicados para refogar e grelhar os alimentos.
Óleo de Milho
Extraído do grão do milho, este óleo é rico em ômega 6 que ajuda no crescimento celular, auxiliando no desenvolvimento do cérebro, dos músculos e da pele.
É um óleo bastante utilizado pela indústria de alimentos e é indicado para o preparo tanto de frituras, como de refogados.
Óleo de Girassol
Feito a partir da semente de girassol, é rico em ômega 6 e também em vitamina E. Um antioxidante natural que contribui para minimizar a ação dos radicais livres do nosso corpo, retardando o envelhecimento das células.
É recomendado seu uso em refogados.
Óleo de Linhaça
O óleo de linhaça é obtido a partir da prensagem das sementes da planta do linho. Ele é rico em ômega 3 e 6, fibras solúveis, vitaminas e minerais.
Possui um sabor bem característico e não deve ser esquentado. Pode ser utilizado no tempero de saladas e pratos crus.
Óleo de Uva
Feito a partir da prensagem das sementes de uva que sobram da fabricação dos vinhos. Possui propriedades umectantes, mantém a pele hidratada, evitando ressecamento e descamação, além de ser fonte de vitamina E.
Este óleo possui sabor marcante, levemente adocicado. Pode ser utilizado tanto para temperos de saladas como em temperaturas elevadas.
Óleo de Palma
Produzido a partir do fruto da palmeira, chamado de dendezeiro, também é conhecido como “azeite de dendê” e é muito popular nas culinárias africana e baiana. O óleo de palma é fonte de vitaminas A e E.
Um dos tipos de óleo de cozinha que não devem ser utilizados em temperaturas muito altas para não perder seus nutrientes.
Óleo de Coco
É obtido a partir da prensagem da polpa do coco maduro, podendo ser puro ou refinado.
O óleo de coco é rico em vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) que controlam o colesterol e aumentando o HDL (gordura boa) e diminuindo o LDL (gordura ruim).
Ele é bem resistente a altas temperaturas devido a alta concentração de gordura saturada, por isso é indicado para frituras.
Óleo de Abacate
Pode ser extraído tanto da semente como da polpa do fruto. Possui alta concentração de vitamina A e E, auxiliando a reduzir os níveis de cortisol do organismo, hormônio associado à compulsão por comer.
Pode ser consumido puro ou usado quente em frituras ou refogados, por não perder sua estrutura química no aquecimento.
Óleo de Amendoim
Obtido a partir da prensagem das sementes do amendoim, esse óleo é rico em vitamina E e resveratrol que exerce ação antioxidante no nosso organismo, prevenindo o envelhecimento precoce e favorecendo a redução da pressão arterial.
É recomendado para o uso em frituras por não soltar fumaça, nem escurecer ou engrossar.
Azeite de Oliva
Feito inteiramente do processamento do fruto da oliveira, a azeitona, existem diferentes versões de azeite no mercado: virgem, extravirgem, de oliva e refinado. É fonte de ômega 9, vitaminas A, E e K e minerais e aminoácidos.
É indicado para o tempero de saladas ou alimentos crus. Se for aquecer, o azeite virgem é o mais recomendado.
Origem animal
Manteiga
A nata do leite batida, vira um creme de leite com soro e glóbulos de gordura. Separando-se a parte sólida deste creme, resta a manteiga que conhecemos. Apesar de não ser um óleo, ela é bastante usada como substituta aos óleos vegetais e azeites no preparo das refeições.
A manteiga é fonte de cálcio, fósforo, potássio e vitaminas do complexo B, D e E.
Ela é recomendada para o uso em refogados.
Banha de porco
A banha de porco, muito usada antigamente na cozinha, voltou a estar em evidência nos últimos anos.
Ela é rica em vitamina B, C e D, cálcio, ferro e fósforo. Devido a conter grande quantidade de gordura saturada, principalmente em comparação aos óleos vegetais, seu consumo deve ser moderado.
Mais vantajosa no preparo de alimentos quentes, por conta da sua boa resistência ao calor.
Ponto de fumaça
O momento em que o óleo começa a “queimar” e soltar uma fumaça visível aos olhos é o chamado “ponto de fumaça”.
A partir desta temperatura o óleo começa a degradar os seus componentes nutricionais e imprime um sabor amargo aos alimentos. Além de poder liberar componentes químicos prejudiciais à saúde.
Por isso, não é recomendável utilizar os óleos a partir do seu ponto de fumaça.
Segue a tabela com o ponto de fumaça dos principais tipos de óleo de cozinha.
ÓLEO/ GORDURA | PONTO DE FUMAÇA (°C) |
Óleo de Soja | De 226 a 232 |
Óleo de Canola | De 224 a 233 |
Óleo de Milho | De 204 a 213 |
Óleo de Girassol | De 227 a 246 |
Óleo de Linhaça | 107 |
Óleo de Palma | 232 |
Óleo de Coco | 221 |
Óleo de Amendoim | De 216 a 221 |
Azeite de Oliva | De 191 a 206 |
Manteiga | 110 |
Banha de porco | De 185 a 200 |
O que fazer com o óleo depois de sua utilização?
O recomendado é reciclar o óleo. Guardá-lo em um recipiente apropriado para o futuro descarte em algum ponto de coleta da sua cidade.
Não devemos despejar o óleo no ralo da pia porque ele é uma substância insolúvel. Ou seja, não se mistura com a água e, com isso, causa problemas nos encanamentos e prejudica o meio ambiente.
Com informação, é possível utilizar corretamente os óleos de cozinha, aproveitando os benefícios de cada um deles, dependendo do seu preparo.
Fontes
https://www.lojabrazil.com.br/blog/tipos-de-oleo-de-cozinha/
https://saude.abril.com.br/blog/alimente-se/na-cozinha-com-os-oleos-vegetais/
https://www.esalq.usp.br/visaoagricola/sites/default/files/va05-agronegocio04.pdf
https://www.cargill.com.br/pt_BR/%C3%B3leos-de-cozinha
https://guide.michelin.com/br/pt_BR/article/features/tudo-que-voce-precisa-saber-sobre-
ponto-de-fumaca-do-oleo
https://exame.com/casual/7-beneficios-do-oleo-de-coco-que-voce-precisa-conhecer/
https://www.embrapa.br/documents/1355202/1529289/02+-
+%C3%93leo+de+girassol+na+alimenta%C3%A7%C3%A3o+-+Cesar+de+Castro.pdf/b0595ab5-
361e-df29-c3e3-d0efb2b9db68