Como evitar o desperdicio de alimentos?

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Como evitar o desperdicio de alimentos?

Desperdícios no Brasil e no Mundo

Todo ano, cerca de 26 milhões de toneladas de alimentos são desperdiçados no Brasil, quantidade suficiente para alimentar 35 milhões de pessoas no mesmo período. Além disso, dois terços do lixo brasileiro são compostos por resíduos de alimentos que, em grande parte, poderiam ter sido aproveitados para o consumo humano.

Os dados, apontados por uma pesquisa do Instituto Akatu, apesar de impressionantes, são condizentes com uma triste realidade mundial.

Uma estimativa conjunta da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (Ifad) e do Programa Mundial de Alimentos (PMA) aponta que em todo o mundo é desperdiçada comida suficiente para alimentar cerca de 2 bilhões de pessoas.

O Brasil está entre os 10 países que mais desperdiçam alimentos no mundo.

Mas como evitar o desperdício de comida?

Embora este dado seja de lamentar, os motivos para reverter este quadro vão além dos fatores econômicos e ambientais e, acredite, podem ser simples de se colocar em prática.

Planejamento na hora de produzir, comprar, preparar e ingerir um alimento pode ser sinônimo de refeições mais criativas, saborosas e conscientes.

Dulce Marchini Nery, coordenadora do Programa de Educação para a Sustentabilidade do SESI-SP, aponta ainda que:

“precisamos ampliar a nossa consciência para entender que o consumidor tem um papel a desempenhar se quisermos não apenas reduzir o desperdício de alimentos, mas também contribuir para uma menor geração de lixo e uma relação mais harmônica entre o homem e a natureza”.

 

Aproveitamento dos alimentos: da casca ao caroço

Rosi​neia Aparecida Bigueti, especialista em Nutrição do Programa Alimente-se Bem, do SESI-SP, indica alternativas para o máximo aproveitamento dos ingredientes, sobras de alimentos e seus nutrientes, com redução dos custos e criação de sabores desconhecidos pela maioria das pessoas.

Cascas de hortaliças, como a abóbora e o chuchu, por exemplo, resultam em receitas surpreendentes ao paladar. Quiches, saladas, refogados e risotos estão entre as muitas possibilidades de preparo.

Até mesmo as sementes, que normalmente são desprezadas, concentram os melhores nutrientes das plantas e podem se transformar em tortas, farofas, pães, aperitivos, entre outras receitas.

 

Novos hábitos individuais, uma revolução coletiva

Ser um consumidor consciente pode ser um desafio prazeroso. Pequenas mudanças de hábito fazem toda a diferença. Confira algumas dicas bastante simples para dar os primeiros passos:

No momento da compra:

  • Planeje o cardápio, assim apenas o essencial vai do mercado à cozinha.
  • Não vá às compras com fome. Quem nunca comprou muito mais do que precisava apenas por estar faminto?
  • Priorize a compra de alimentos da estação e produzidos na região em que você vive. Isso contribui para que durem mais.
  • No caso dos industrializados, observe e leve em conta sempre o prazo de validade indicado na embalagem.

 

Durante o preparo e a refeição:

  • Sempre que possível, aproveite os talos, as folhas, as cascas e as sementes. Além de saborosos e ricos em nutrientes, eles podem oferecer novas texturas e ajudar a incrementar receitas.
  • Coloque no prato apenas o que tem certeza que irá comer. Se for preciso, é possível repetir depois.
  • Transforme as sobras de uma refeição em uma nova receita. O arroz pode virar um delicioso bolinho, por exemplo, e o feijão, uma sopa nutritiva para o jantar.

 

> > > Saiba mais sobre o Combate ao desperdício de alimentos: qual é a responsabilidade do consumidor final? < < <

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