Congelamento de Alimentos

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Congelamento de Alimentos

Saiba como congelar alimentos da maneira correta para manter e consumir a comida congelada

Seja nas geladeiras dos supermercados, onde é possível encontrar da polpa da fruta para preparo de sucos a refeições completas, ou em casa com a prática de cozinhar e guardar as refeições para o consumo ao longo dos dias, os alimentos congelados conquistam cada vez mais adeptos.

Alguns cuidados, no entanto, são essenciais. “A manutenção da qualidade do produto congelado depende da temperatura durante o armazenamento, que deve ser -18ºC”, explica a diretora técnica do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Hortifrutícolas do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), Shirley Aparecida Garcia Berbari.

Mas, existem alimentos que NÃO são indicados para o congelamento?

A maioria dos alimentos se adapta bem ao congelamento. Segundo a nutricionista da assessoria Ciclo Nutri, Naiana Oliveira, os alimentos não indicados para o congelamento são: ovos, maionese, produtos lácteos e vegetais e frutas com alto teor de água, como a melancia e alface, por exemplo.

“Estes alimentos perdem o gosto ou sofrem profunda alteração nas suas texturas se levados ao freezer”.

E quais alimentos podem ser congelados?

Podem ser congeladas as hortaliças que são consumidas cozidas (brócolis, cenoura e vagem, por exemplo), as frutas e seus sucos, as carnes bovina, suína, de aves e seus derivados, os peixes e frutos do mar, os produtos de panificação e confeitaria, como pães e bolos e refeições prontas para consumo.

 

Cuidados na hora de fazer comida congelada

Além da temperatura adequada, é importante atentar para as condições e o preparo do alimento a ser congelado, e a forma de descongelar.

Segundo Naiana, os alimentos crus não podem ser congelados duas vezes. “Uma vez descongelados, eles precisam ser cozidos, para evitar o risco de contaminação microbiológico e as alterações de textura, sabor, cor e odor. Após cozidos, aí sim, podem novamente ser congelados”, esclarece.

As carnes devem ser congeladas em seu estado natural, ou seja, cruas, enquanto os vegetais, principalmente as hortaliças e tubérculos, devem passar por um tratamento pré-congelamento denominado branqueamento, orienta Shirley.

O branqueamento consiste em dar um choque térmico no alimento, que interrompe a ação enzimática de amadurecimento e envelhecimento do legume e ainda limpa a sua superfície, retirando os microorganismos, mantendo ao máximo as características dos alimentos, inclusive suas propriedades nutricionais.

As refeições prontas devem estar à temperatura ambiente antes de serem congeladas.

 

Embalagem para congelar os alimentos

Existem vários tipos de de forma geral, mas para ser segura a embalagem deve apresentar características como a baixa permeabilidade ao vapor de água e ao oxigênio, resistência a baixas temperaturas, fechamento hermético, além de não oferecer risco de migração de componentes do material de embalagem para o alimento.

Para as refeições prontas, recomendam-se embalagens que possam ser submetidas ao aquecimento tanto em fornos de microondas como em fornos convencionais.

>> Veja também: Combate ao desperdício de alimentos: qual é a responsabilidade do consumidor final?

Descongelamento

O método de descongelamento a ser utilizado depende do tipo de alimento. É possível descongelar em uma superfície de aquecimento, como é feito com os hambúrgueres; de imersão em água em ebulição, como é utilizado para os vegetais congelados; e de ar aquecimento, como ocorre nos fornos convencionais e nos fornos de microondas.

De acordo com Naiana, todos os alimentos devem ser descongelados na geladeira. “O ideal é retirá-lo do freezer no dia anterior e colocar na prateleira mais baixa da geladeira. Após o degelo, o alimento pode ser preparado.”

A nutricionista orienta a congelar porções individuais, pois isso permite que seja descongelada apenas a quantidade desejada, evitando risco de contaminação cruzada. A contaminação cruzada é uma transferência de micróbios causadores de doenças de um alimento contaminado (normalmente cru) para outro alimento, direta ou indiretamente.

“Não descongele o alimento descoberto em cima da pia, na temperatura ambiente, pois isso aumenta o risco de contaminação por bactérias”, recomenda. Uma vez descongelado, o alimento não pode voltar ao freezer, exceto no caso de um produto cru que venha a ser transformado em prato pronto.

“Quanto mais eficiente for o processo de congelamento, menores serão os cristais de gelo formados no produto e menores serão as perdas de líquido durante o descongelamento, o que tem fundamental importância na manutenção da qualidade sensorial e nutricional dos alimentos após o descongelamento”, explica Shirley.

 

E qual a validade do alimento congelado?

A validade depende do tipo de alimento congelado. Em geral, após o preparo, o tempo de validade é de 10 dias.

Já os alimentos crus ou in natura podem ser mantidos por até 30 dias no freezer. A dica da nutricionista Naiana é etiquetar os saquinhos e potes escrevendo o que há dentro e a data de congelamento ou preparo.

 

Cuidados com a comida congelada pronta!

  • Ao comprar um alimento congelado no supermercado, o consumidor deve prestar atenção no prazo de validade e na aparência do produto.
  • Os produtos congelados por IQF, sigla utilizada para indicar o congelamento rápido individual, como as batatas para fritar e legumes, devem estar soltos dentro da embalagem. A aglomeração dos produtos dentro da embalagem é um indício de que houve oscilação de temperatura ou congelamento lento do produto, com consequente perda de qualidade.
  • Camadas de gelo sobre a superfície do produto também indicam oscilação de temperatura durante o armazenamento.
  • Ao comprar um alimento congelado no supermercado, é importante ficar o menor tempo possível com ele fora do freezer ou da geladeira. O ideal é levar uma bolsa térmica para acondicionar o alimento até chegar em casa.
  • Não encoste embalagens de alimentos frescos naquelas que já estão congeladas. A diferença de temperatura pode alterar o sabor e a textura da comida.
  • Ocupe no máximo ¾ da capacidade do seu congelador ou freezer para permitir que o ar continue circulando e resfriando adequadamente o espaço.
  • Se o freezer deixar de funcionar, não congele novamente os alimentos.
  • Os alimentos retirados do freezer devem ser consumidos em 24 horas, no máximo. Frutos do mar, em até 12 horas.

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